Reflexão de Natal –(Reflexão baseada no livro do Pe. Raniero Cantalamessa.)
1. A liturgia tem o DOM de tornar ATUAL o mistério que celebramos. Hoje Cristo nasceu hoje é NATAL se ao celebramos permitimos que, no Espírito Santo Cristo venha nascer em nossos corações. Embora “façamos isso em memória” pelo espírito esta “memória” se faz também “presença”.
2. No que se refere aos “cânticos evangélicos” utilizados nesta reflexão, (inicialmente o canto de Maria MAGNIFICAT) não se tem certeza de sua composição ou real origem. Foi mesmo o Magnificat “composto” por Maria? Pouco importa para esta reflexão! De qualquer forma, se acreditamos que a palavra de Deus foi inspirada pelo Espírito Santo, então mesmo que fosse composto por MARIA ele também seria inspirado pelo espírito Santo, de forma que, no sentido maior, quer seja Lucas um instrumento quer seja Maria o instrumento, é tudo obra do Espírito Santo de Deus. É Deus mesmo quem fala conosco.
3. O Magnificat é a celebração ou a exultação pelo tempo novo que se instaura. O canto celebra o acontecimento que é centro da História, a partir do qual a história e a humanidade iniciam um novo curso. Maria vê e canta as “ondas de impacto” que este “acontecimento” traz a humanidade. Vê que a humanidade está sob uma nova luz, mas canta este acontecimento com imagens do “tempo da espera”, com imagens da preparação. Une, portanto IMAGEM e REALIDADE une PROFECIA e o CUMPRIMENTO DAS PROMESSAS, o antigo e no novo, olhando para a nova situação ou condição da humanidade ela nos fala utilizando-se de símbolos antigos.
4. Primeiramente Maria (nós) entra em diálogo com Deus, olha a si mesma com os olhos de Deus, Vê-se a si mesma e a humanidade do ponto de vista de Deus. Treme pela visão do Deus poderoso em contraste com a sua própria pequenez, e O ama por tão grande misericórdia com a sua pequenez.
“A minha alma engrandece ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus meu salvador, porque olhou para a humildade de sua pobre serva”
5. O “conhecimento” de Deus (?) sem o conhecimento de si geraria presunção!
O conhecimento de si sem o “conhecimento” de Deus gera Desespero!
6. Maria inaugura o mistério da piedade, pois se vê SERVA mínima diante Deus e então atua contra a impiedade / iniqüidade que consiste em não se reconhecer quem realmente é pecador – (ou no caso de Maria que não tinha pecado pois era cheia de graça e imaculada) – ela se reconhece insignificante criatura e serva.
7. No novo olhar sobre o mundo, Maria percebe – afirma – constata que, nesta nova era o BEM irá vencer o Mal. Deus o quer e age de forma definitiva para que isso aconteça. Deus não este inerte, não está parado como dizem alguns DEUS NÃO FICA MUDO OU CEGO DIANTE DO MAL, DA INIQUIDADE, mas não responde ao mal como nós faríamos, pagando o MAL com o MAL…Vence o MAL pela SUA PRESENÇA que se traduz numa BONDADE E CARIDADE ESMAGADORA que em tudo supera o MAL.
8. O MAL não fica impune. Deus “age” efetivamente contra o mal. JESUS É A RESPOSTA EFETIVA DE DEUS CONTRA A MALDADE. Sem “revidar” (como gostaríamos) o que não seria próprio de um DEUS – AMOR mas pela sua simples presença.
9. Fosse um deus pagão, viria com poder e destruiria o MAL. Este não é o agir do nosso DEUS que sendo AMOR (Deus cáritas est) não poderia agir se não fosse na forma do amor. Sua “presença” como puro amor vence o ódio. Sua presença como pura Luz vence as trevas. Sua presença como sumo bem vence todo o mal.
10. Maria não fala (canta) o FUTURO. De fato, embora seja uma SEMENTE (como tudo no reino) e exista ainda em POTENCIA (no termo filosófico da palavra) ele já começa a AGIR. Não está tudo no futuro (um pouco talvez) mas AGORA o ódio é vencido pelo Amor, Agora a morte tem prazo para morrer pois quando este menino passar por ela a morte será derrotada por Ele e por nós. (por mim também).
11. O mistério da total vitória sobre o “MAL” (todo tipo de mal, doenças, dor e morte) que se INICIA com a ENCARNAÇAO e com o NATAL passará pela CRUZ e pela RESSURREIÇAO projetando-se na história do homem até atingir todos os homens, em todos os tempos, inclusive este homem, este tempo, esta vida.
12. Pense numa estrela. Sabemos que, mesmo após a morte de uma estrela, durante séculos ela continua a mandar sua Luz que viaja pelo universo até nos atingir ainda hoje.
13. O MAL NÃO ESTÁ IMPUNE. ELE FOI DERROTADO E ESTÁ SENDO DERROTADO. POR OBRA DE DEUS, PELA VINDA DO CRISTO, SUA ENCARNAÇAO, PAIXÃO E MORTE, PELA ATUAÇAO DO ESPÍRITO NA HISTORIA.
14. O MAL JÁ FOI DERROTADO, a grande vitória já aconteceu (se utilizamos uma visão linear do tempo o que obviamente não se aplica a Deus), de forma total e irrevogável na morte de Cristo na Cruz onde a piedade, o perdão, o amor e a vida venceram a impiedade, a vingança, o ódio, e a morte – mas como uma ESTRELA QUE MESMO APÓS A SUA MORTE AINDA CONTINUA MANDANDO LUZ POR SÉCULOS ATÉ A TERRA, a Luz que brilha daquele evento ainda reflete em nosso tempo e esta VITÓRIA deve também acontecer na minha vida no meu tempo, na nossa vida no nosso tempo.
15. Respondida está a grande pergunta: Porque acontecem tantas desgraças, dores, tristezas…Porque Deus não AGE contra isso? Deus age, esta agindo, mas não como gostaríamos pagando mal com a mal, a morte com a morte, (porque Ele É amor nós ainda não somos) age pela Sua presença, pela sua Luz.
16. Sendo Deus Amor ele não poderia jamais agir com os mesmos METODOS que o MAL (expulsão, segregação, violência, morte) sendo AMOR ele AGE com os MÉTODOS do AMOR, coisa difícil para nos entendermos porque sendo maus nos gostaríamos que ELE agisse na forma como queremos.
17. Voltando ao canto de Maria, o evento acontecido naquele dia reflete o momento onde todas as promessas foram cumpridas. Em Jesus chegou O ESPERADO , O PROMETIDO, chegou O DESEJADO o libertador definitivo o CRISTO UNGIDO que veio definitivamente libertar o povo. Passou a promessa, vemos a realização.
18. Veja que o acontecimento é atual, para Maria e para nós. A principio mudou os valores. Maria diz:- despediu os ricos sem nada. Mas nenhum rico “perdeu” seu dinheiro. Mas a parir daquele dia “as riquezas” tornaram-se outras. Os que tinham acumulado “ouro” sofreram uma brutal desvalorização inflacionária, de forma que, nada mais vale.
19. Na nova “economia” outro é o valor, outra é a riqueza. Isso já começou a acontecer, como Maria constatou e cantou no magnificat, porque dos muitos ricos e poderosos que desceram até Belém para o recenseamento, e que ficaram nas hospedarias de quem nos lembramos? Algum deles ficou na história? Só aqueles que (embora aparentemente ricos – os Reis Magos) deixaram a “riqueza” para se encontrarem com o verdadeiro NOVO TESOURO na manjedoura.
20. A própria Maria ao ser escolhida (em detrimento de tantas outras jovens ricas, bem educadas e refinadas da sociedade) já É a manifestação explícita desta nova “ERA”. Por que ELA? Por que JOSÉ CARPINTEIRO? Por que JESUS de Nazaré?
“Derrubou os poderosos de seus tronos, exaltou os humildes.”
21. Lança luz também sobre a ALMA DE MARIA que era cheia de graça no entanto se intitula “pobre serva” e portanto, na nova ERA, na nova economia aquilo que achamos de nós mesmos não representa a realidade do que Deus faz conosco. Que eu acho que sou não reflete a realidade do que sou. Piedade x Impiedade.
22. Por fim, o magnificat é o meu canto, o canto da Igreja. Como em um CORAL – Maria é aquela que entoa o REFRÃO e nós (a Igreja, eu e você) repetimos em coro o refrão por ela pronunciado.
23. O canto (e os acontecimentos) que tiveram lugar na vida dela, é também o CANTO DA IGREJA e os ACONTECIMENTOS DA VIDA DA IGREJA, é também meu CANTO e os ACONTECIMENTOS na minha vida.
24. O canto e o NATAL nos traz uma JUSTA EMBRIAGUEZ, uma VERTIGEM própria de quem sob em um lugar MUITO ALTO. É justo esta embriaguez, outra que não vem do vinho Por isso, como Maria (Minha alma EXULTA) também nós nos embriagamos com esta “visão” nos embriagamos desta “altura”. É justa nossa alegria, nossa festa, é legítimo o arrebatamento consciente da nossa alma.
25. Mas também devemos fazer o que Maria fez, aplicando em nós mesmos (como pessoa e como Igreja) o Magnificat reconhecendo-nos humildes servos, “HUMUS” “ESTERCO”, fazendo-nos pobres, humildes, servos. Não é algo que devemos apenas CANTAR mas VIVER e praticar.
26. Que loucura seria cantar:- “ Derrubou os poderosos de seu trono” mas continuar “matar” a mim e aos outros pelo PODER para ser poderoso…Que loucura CANTAR que “ despediu os ricos de mãos vazias” se continuo a buscar riquezas como se elas ainda tivessem algum valor em si mesmas…
27. A segunda parte da reflexão lança um olhar para o cântico dos anjos:-
“Glória a Deus nas alturas e Paz na terra aos homens que são por ele amados. (“objetos de sua bondade ou da benevolência divina).
28. O Natal é a Festa da Bondade de Deus e este canto (dos anjos) é um anúncio radioso a bondade de Deus para com os homens. Faço aqui um parênteses meu (Ferreira). Existem na liturgia DUAS GRANDES FESTAS.
29. A primeira é a PASCOA e a palavra (o grito) que a define e se sobressai na celebração é o ALELUIA. Esta palavra (para mim) tem o sentido de manifestar nossa ALEGRIA INFINITA pela libertação. É um grito de vitória, de liberdade, de alívio. A imagem é do escravo que lança fora as cadeias e pula de alegria. Venceu o cordeiro, vencemos também.
30. A segunda grande festa liturgia é o NATAL. Já nesta celebração o GRITO que sobressai é o GLORIA. Mas aqui, este grito tem um significado de ESTUPOR, DE ADMIRAÇAO, estamos por assim dizer “de queixo caído” com a bondade e ternura do nosso Deus, que se rebaixa até onde não pode mais para nos resgatar. Comete um ato INACREDITÁVEL, UMA LOUCURA ao abandonar sua majestade para se fazer “HUMUS” (Humano).
31. O livro traz uma pergunta tem atormentado os teólogos: porque Deus se encarnou? As respostas costumam ser muitas (algumas delas descritas no texto) como para nos salvar, para nos libertar do pecado, etc…Todas realmente estão corretas. Devemos no entanto, apegar-se a uma delas, que para esta reflexão, escolhemos olhar para aquela que chama a atenção para a necessidade da restauração, do conserto, da justiça.
32. Quando se fala em justiça – divina pensamos logo como pensavam os pagãos. OLHAMOS PARA DEUS COMO SE ELE FOSSE HOMEM. Ora, se algum homem tem poder, e ele se dispõe a fazer “justiça” ela é distributiva, ou seja:- dá quem tem direito aquilo que merece. Salário justo. Fez recebeu. Em outras palavras “bateu – levou”. Deus não é homem, não é humano, e enquanto esperamos um Deus justiça que retribua o mal com o mal, ele se apresenta em uma manjedoura, um Deus Justiça que EQUILIBRA as COISAS, que retribui ASSUMINDO PARA SI o mal que outro nos fez. Assim, a reparação existe, mas é ELE quem paga a conta. O Equilíbrio é restabelecido mas ás CUSTAS DELE – Deus -Jesus.
33. Ora, se Deus é Deus então não pode convier com a INJUSTIÇA. Alem disso, mesmo do ponto de vista da justiça retributiva, ser injusto é não dar aquilo que alguém tem direito ou tirar de alguém o direito. Eu (Ferreira) sempre me perguntei porque tenho que pagar pelo pecado de Adão. Ainda pequeno sentia-me injustiçado pelo fato de que – tendo Adão pecado – todos nós sofremos as conseqüências do pecado do primeiro pai.
34. É certo que, a “pessoa” de Adão é sempre uma figura e como figura a utilizamos. Nossa natureza humana é inclinada para o Mal, e de alguma forma, distorcemos, machucamos, a imagem e semelhança de Deus em nós. Criamos um desequilíbrio, uma injustiça, ferimos a imagem de Deus em nós, e perdemos sua semelhança pela opção LIVRE que fazemos para o mal.
35. Paulo (como todos nós) atesta isso quando diz:- “ai de mim, faço o mal que não quero, enquanto não pratico o bem que quero”…Para refazer este equilíbrio, esta imagem e ao final, esta semelhança era preciso que o impossível, o inacreditável acontecesse – era necessário que Deus se fizesse homem, outra vez nosso semelhante, e este Deus se fez semelhante a nós em JESUS CRISTO.
36. O homem tinha que enfrentar um combate. Refazer o caminho para recuperar a Imagem e Semelhança de Deus. Mas não seria capaz de faze-lo. Deveria enfrentar a injustiça de ter violado a imagem de Deus – amor, e portanto, ganhar a vida, mas sendo escravo e fraco não tinha como vencer esta batalha. Deus poderia vencer, pois é Deus, mas não precisava. Deus se encanou e promoveu a reconciliação entre o HOMEM e DEUS pelo fato de que, as duas naturezas, separadas pelo AFASTAMENTO do HOMEM foram unidas pela encarnação do verbo.
37. Alem disso, pela atitude de Adão uma “injustiça” havia sido praticada. Esta “injustiça” exigia reparação. Nos todos “filhos dos homens” estávamos pelo pecado de Adão (nossa Natureza) injustiçados por pagar por algo que não praticamos. Deus também está sendo injustiçado porque não merecia a ingratidão – des – amor.
38. Apenas Deus – Encarnado poderia pagar esta dívida, restaurar o equilíbrio. reparar esta injustiça, vencer esta batalha…Então porque Deus e encarnou? Por amor. Por nos amar. Para RESTAURAR TODAS AS COISAS, PARA TRAZER DE VOLTA O EQUILIBRIO PARA VENCER TODA A INJUSTIÇA, PARA REPARAR EM NOS A IMAGEM E SEMELHANÇA DIVINA, fazer-nos outra vez “ parecidos com Ele”, seres que amam e vivem infinitamente e para sempre.
39. Fez-se finalmente justiça. DEUS que é justo a realizou. A IMPIEDADE ou a INJUSTIÇA “do desamor ou do abandono de Deus pelo homem precisava ser reparada, senão, Deus não seria justo.
40. Na encarnação existe PAZ, aquela paz que vem da RECONCILIAÇAO porque ao se encarnar, o FILHO – HOMEM – DEUS recompõe a JUSTIÇA, restaura todas as coisas, porque ELE, o homem Jesus ama DEUS como ele merece ser amado. Ele dá a Deus o que Deus merece, outra vez o HOMEM devolve a Deus o que é Dele, o amor e recebe Dele o amor, existe equilíbrio, existe PAZ.
41. Existe, portanto PAZ NA TERRA aos homens porque são por Deus amados. Porque se operou toda a RECONCILIAÇAO e RESTAURAÇAO. Paz na terra porque existe a RESTAURAÇAO DE TODAS AS COISAS, que embora ainda não esteja totalmente efetivada já se iniciou na historia e na vida de quem busca a Deus. Na minha e na sua vida.
42. Por que a CRUZ? Entendo que ela é o auge desta restauração, desta reparação, porque sendo amor, a JUSTIÇA DE DEUS SO PODERIA SER EFETIVADA NA VITÓRIA DO AMOR. Com a Cruz (e com a inseparável ressurreição) a natureza humana retoma o equilíbrio, o amor, a vida eterna, plena e infinita, (maior amor tem quem dá a vida pelos seus irmãos).
43. A Glória do DEUS amor só poderia ser totalmente evidenciada na vitória do amor. Vitoria do amor sobre o ódio que leva até a matar (matamos Jesus) e que mesmo assim não revida, não odeia e por isso vence. Se tivesse odiado, se tivesse revidado teria ódio vencido, mas o AMOR VENCEU porque “tendo amado os seus amou-os até o fim”.
44. Por fim, chega o momento de olharmos Pará nos, de olhar para mim. O Gloria a Deus que catamos no Natal não exprime um desejo, não exprime um SERÁ mas um É!
45. E a melhor gloria que podemos dar a Deus é imitá-lo. Se Deus é benevolente, nos também devemos ser. IMITAR A BONDADE DE DEUS. As palavras que se encaixam aqui são as do Autor do livro, que por serem DIFICIES DEMAIS PARA MIM PRATICAR, prefiro transcrevê-las para que ninguém pense serem minhas…Quiçá na minha vida (e nas suas) elas SEJAM REALIDADE e não apenas DESEJO.
46. Diz o Autor:- Imitar o mistério que celebramos significa abandonar todo o pensamento de fazer-nos justiça por nós mesmos, abandonar toda lembrança de maldade recebida, apagar do coração todo ressentimento mesmo justo,para com todos. Não admitir voluntariamente nenhum pensamento “hostil”,contra quem quer que seja:nem contra os fracos nem contra os fortes, nem contra os pequenos nem contra os grandes da terra, nem contra alguma criatura que existe no mundo.E isto para honrar o Natal do Senhor, porque Deus não conservou rancor, não olhou mal recebido, não esperou que o outro desse o primeiro passo em direção dele.Se isso não é possível sempre, o ano todo ,façamo-lo ao menos no tempo em que nos preparamos para o Natal e o tempo que se segue , como o jejum mais indicado para o tempo do advento:o jejum dos pensamentos e das palavras hostis.Não há modo melhor para exprimir a própria gratidão a Deus que imitando-o.
47. Demos portanto neste Natal, GLORIA A DEUS NAS ALTURAS que concedeu PAZ AOS HOMENS QUE SÃO POR ELE AMADOS.
48. Na terceira parte da nossa reflexão abrimos os nossos ouvidos para ouvir o canto de Simeão (nunc dimittis) quando o velho sacerdote recebe o menino Jesus nos braços e após apertá-lo junto ao coração ergue-o para apresenta-o aos homens.
49. Trata-se da celebração do encontro. Da-se aqui o encontro entre o Antigo Homem (Veho Simeão) e o Novo Homem (Jesus.) Da-se o encontro entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento, entre o Judaísmo e o Cristianismo.
50. Observamos que, no rito normal da apresentação era A CRIANCA SER APRESENTADA A DEUS. No caso de Jesus, percebe-se que, ao contrario do que se esperaria A CRIANCA E PROCLAMADA LUZ DAS NAÇÕES de forma que, DEUS (por meio de Simeão) APRESENTA UMA CRIANCA AOS HOMENS.
51. Neste canto, o “profeta” (Simeão) deixa evidente que aquele menino esta destinado a ser LUZ para os POVOS, LUZ PARA TODAS AS NACOES. Ele e quem tem o poder de a todos iluminar, por isso mesmo, no Natal todos enfeitamos nossas casas com Luzes, (antigamente com velas) que nos recordam que NASCEU JESUS A LUZ DOS POVOS, a nossa Luz.
52. Sobre isso muito se pergunta (em razão do relativismo – multiculturalismo que permeia o pensamento moderno atual) se seria Jesus a LUZ de todos os povos, se Ele seria o único caminho a única via. Nós cristãos de hoje temos medo desta pergunta, porque o “respeito” a outras “luzes” as vezes nos leva a diminuir o incomparável valor da Luz de Cristo.
53. E certo que, devemos respeitar as outras luzes, mas nunca percamos de vista que, tais pequenas luzes são apenas como pequena vela acesa, que embora ilumine temporariamente não tem a forca DO SOL.
54. Não tenhamos medo de afirmar que Jesus É O SOL, e embora existam tantas outras luzes elas não substituem nem se comparam ao SOL. Respeitamos e ate aceitamos outras luzes, mas não podemos nunca nos contentar com elas, e è bom lembrar que somos Luzes também, (mas não trazemos Luz própria, apenas refletimos a Luz Dele.)
55. A questão è antiga. Vendo a religião pagã romana desmoronar um tal Simaco, filosofo romano afirmava que “não era possível se encontrar a verdade por um único caminho” dizendo assim que, não poderia ser o cristianismo a única resposta. A resposta vem de Sto. Agostinho que respondeu não ser realmente possível encontrar a verdade por um único caminho, “a não ser que, a VERDADE DE FIZESSE O CAMINHO”. Portanto, é justo que anunciamos a Cristo como sendo o único caminho possível para a verdade. Esta verdade é proclamada por Simeão, dentro do templo, que era “uma das Luzes” dos judeus…
56. Respeitar a “religiosidade” não Cristã é necessária e imprescindível, sempre destacando a semente da Luz de Cristo que existe nelas. A “verdade” encontra-se distribuída em GOTAS no mundo, mas toda “gota” ainda que ínfima e pequenina pretende sempre tornar-se MAR!
57. No texto cântico vemos Simeão dizer:- “ Agora Senhor, podeis deixar o vosso servo ir em paz, porque meus olhos viram a salvação que reservaste para vosso povo, Luz para as nações e gloria de Israel”
58. Simeão representante do sacerdócio Judeu diz a Deus que PODE SER DEMITIDO! Como se um empregado após ser superado ou tornando-se e reconhecendo-se “obsoleto” estivesse pronto para ser substituído.
59. Esta atitude e própria de quem reconhece a instauração no novo, pois João Batista, depois de receber a resposta daqueles que tinha enviado para saber de Jesus se ele era o Cristo diz – Convém que Ele cresça e eu desapareça.
60. No encontro no velho Simeão (velho homem) e o menino Jesus (novo homem) o velho homem deve crescer para que o velho desapareça. Nos também, ao encontrarmos o menino, neste Natal tenhamos o mesmo sentimento, a mesma atitude de Simeão, de João Batista…Convêm que Ele cresça e eu desapareça. Podeis levar Senhor o Homem velho, podeis levar aquilo que em mim envelheceu para que o NOVO possa crescer e dar fruto.
61. Depois de estudarmos e meditamos nos cantos evangélicos, voltam-nos agora para a “atmosfera” que envolveu todos os que participaram da narrativa do Natal, aqueles que o Evangelho de Lucas apresenta como protagonistas do acontecimento Natalino.
62. Não estamos falando obviamente de Herodes ou dos doutores por eles consultados. Estamos falando DAQUELES que, realmente esperavam o Cristo, que o desejavam, que não estavam satisfeitos com a própria situação, que ao contrário de Herodes queriam a mudança que lhes traria o salvador.
63. Falamos dos pastores, dos reis – magos (peregrinos – pobres – viajantes), de Maria e José, de Simeão, da profetisa Ana, dos Anjos, de todos que esperavam a restauração de Israel e deles mesmos.
64. O espírito ou “atmosfera” que parece a todos envolver é de ALEGRIA ou de JÚBILO. Já vimos alias como o “magnificat” de Maria na verdade é um grito inebriante de alegria e realização, e o gloria como o reconhecimento “assombroso” da manifestação do amor de Deus.
65. Não era certamente a mesma alegria do palácio e dos festins de Herodes nem aquela alegria “solene” dos sacerdotes do templo e dos fariseus, nem a alegria do lucro que os saduceus e herodianos tinham com a situação do povo, mas uma alegria que nasce de se ter certeza que DEUS CUMPRIU SUAS PROMESSAS e interveio no história, que libertou definitivamente (embora não instantaneamente) o seu povo.
66. O texto de Lucas é recheado de citações do profeta Isaias, notadamente as do chamado “proto Isaias” que exerceu seu ministério no tempo do exílio da babilônia exortando e animando o povo a manter sua cabeça erguida mesmo em tempos de dores e sofrimentos.
67. Mas como esta alegria – que tem ago de divino – pode contaminar o homem se encontram—se em “planos – espaços” tão diferentes. De fato, Deus existe no plano da ETERNIDADE e nós vivemos no plano do TEMPO, com todas as limitações e sofrimentos decorrentes deste “plano”.
68. Para Lucas, a alegria (verdadeira) aquela que realmente move os protagonistas do Natal nasce quando Deus que existe no infinito – espaço – atemporal (eternidade) INTERVEM e MANIFESTA-Se no nosso plano limitado e temporal. Esta radiosa manifestação (radiosa porque, pela natureza própria de quem está agindo ela só poderia ser radiosa – embora não estrondosa), vem do fato de que DEUS interveio na historia do homem e mudou-a para sempre e definitivamente!
69. È certo que, esta mudança não se opera de forma “instantânea”, como a libertação do povo do Egito até a chegada a terra prometida demorou 40 anos, como a volta do exílio e a reconstrução do templo demorou outros tantos séculos também a NOVA Libertação se opera na forma da semente, da presença, da luz…
70. Mesmo assim, apesar de ser “semente” esta libertação é definitiva, irrevogável e eterna. Nada mais pode mudá-la, nada mais pode alterar o rumo desta história, da nossa história. E daí provem a alegria daqueles que aparecem na narrativa lucana, pois que, nossa vida, nossa história foi definitivamente modificada.
71. No entanto, esta exultação existente no evangelho deve nos contaminar. Como a água que, por mais alto que esteja, mesmo a água que está no alto dos montes e das montanhas escorre insistentemente buscando o nível mais baixo, assim também a palavra de DEUS, MESMO QUE ALTA NÃO SE AQUIETA ENQUANTO NÃO BAIXAR AO NÍVEL DO NOSSO CORAÇAO. As palavras de alegria e exultação proclamadas no Natal querem, precisam, insistem em chegar até o nível na nossa habitação mais intima (o coração) de forma que, a palavra que é viva deixa de ser apenas palavra proclamada ou celebrada e passe a fazer parte da nossa vida.
72. Com certeza todos nós já estamos convencidos de que, o Natal é uma festa de alegria. Mas que tipo de alegria? Eu mesmo confesso que, sempre tive muita dificuldade com a “festas” do Natal. Sem desejar colocar a culpa nos outros é certo que, na minha infância e juventude, muitas vezes a festa do Natal consistia em bebedeiras, comedeiras, e como sempre acontece quando as pessoas bebem (e falam) demais muitas palavras ruins e desentendimentos.
73. Acho que todos conhecemos ou participamos de momento quem que, o Natal se torna festas em que, presentes as vezes não atendem as expectativas, pessoas as vezes se sentem esquecidas ou diminuídas e em razão da bebida ate brigas são comuns.
74. Essa espécie de alegria sempre me deixou profundamente (paradoxo) entristecido, principalmente quando, em razão disso tudo, via minha família dividida. Mas não é culpa de ninguém. Nos não entendemos o “sentido” maior da nossa alegria Natalina e, buscamos (a sociedade) aquela alegria que nasce do comer, do beber, do estar “numa boa”…
75. Vemos a busca por este tipo de alegria todos os dias. O grande flagelo das drogas (inclusive o vício da bebida) prova que, na maioria das vezes, a busca por este “tipo” e felicidade nos destrói.
76. Vejo que, após as “festas” vem no dia seguinte a ressaca, a bagunça, a desarrumação, o lixo, e tudo isso parece ser o paradoxo da busca de alegria que resulta num estado de desequilíbrio. Não estou dizendo que não de deve festejar, esta dificuldade é minha, mas a verdade é que, o paradoxo existe.
77. Então qual a diferença de quem faz festa sendo cristão e quem não é – NOS SABEMOS POR QUE ESTAMOS ALEGRES…Esta diferença é essencial – SABEMOS PORQUE ESTAMOS FAZENDO FESTA – SABEMOS DE ONDE VEM NOSSA ALEGRIA – SABEMOS O MOTIVO DESTA ALEGRIA – E O MAIS IMPORTANTE – SABEMOS ONDE ESTA ALEGRIA NOS LEVA.
78. Não temos a alegria dos bobos alegres que nem sabem porque estão alegres. Nossa alegria é justa, NOSSA FESTA NÃO TEM SENTIDO OU UM FIM EM SI MESMO, não fazemos festa porque é dia de festa, mas porque JESUS NASCEU, Deus interveio na Historia do Homem e tudo foi restaurado.
79. Seria bom pensar aqui na figura de uma criança que se amamenta na própria mãe. Existe a figura da criança que, é amamentada por uma ama de leite…Ambas recebem leite Nossa alegria tem algo de misterioso mais, SABEMOS PORQUE ESTAMOS ALEGRES, e este saber modifica o sentido, o final, o amanhã, que não será de desordem, de desarrumação – mas de equilíbrio.
80. Por fim, cabe a nós contaminar o mundo com ESTE TIPO DE ALEGRIA. Ontem ainda, conversando com um amigo de uma outra denominação crista evangélica ele me disse que, na “congregação” deles não celebra o Natal. Indaguei o motivo e ele me disse que, o Natal e a festa no Natal é comercio e bebedeira de forma que, para impedir isso, eles não celebram o Natal…
81. Refleti no que ele disse, mas diante da reflexão acima, acabei com conversar com ele sobre esta outra alegria, maior, que não pode ser esquecida ou deixada de lado. Alem disso, se nos calarmos – a falsa “ alegria” irá mesmo se expandir e tomar conta de todos, porque é da natureza do homem buscar alegria. Não podemos impedir nem proibir a celebração do Natal, (que é a celebração da alegria) mas antes devemos celebra-la e contaminar os outros com esta alegria.
82. Façamos festa, comamos, bebamos (com moderação Crista) mas tendo sempre em mente o motivo pelo qual estamos alegres, o motivo pelo qual estamos felizes. Deus nos visitou – alegrai-vos porque ele cumpriu a promessa feita a nossos pais.
83. O Autor termina trazendo aos nossos ouvidos a palavras proféticas ouvidas de novo nesta meditação – Dizei aos corações desanimados coragem! O teu Deus reina em Sião. Tirai força ainda mais das palavras de Cristo = Coragem, eu venci o mundo. Não temeis homens de pouca fé. A Igreja (nós) podemos olhar para o mal e por maior que ele seja dizer TU NÃO TENS FORÇA PARA ME VENCER, PORQUE NÃO TENS A METADE DA FORÇA QUE EU TENHO PARA SUPORTA-LO, porque tudo posso Naquele que me fortalece, naquele que me conforta.
84. Deus existe, e Ele veio ficar – morar – viver – existir em nós. E ISSO NOS BASTA. Sim, este é o motivo principal da nossa alegria – DEUS EXISTE E ISSO BASTA!
85. A ultima reflexão deste período de Natal, ainda meditando sobre a “atmosfera” que envolveu todos os que participaram da narrativa do Natal segundo o Evangelho de Lucas observamos que, outro elemento bastante significativo na narração é o Silencio.
86. Sobre o silencio (como era de se esperar) não fala o Evangelho mas pode-se observar sua “existência” nos muitos sinais e “lacunas” propositais que o evangelista criou, como por exemplo a ausência de narrativa quase total da infância de Jesus.
87. Parece que, antes de alguma missão Jesus sempre se via envolvido em uma atmosfera de silencio e solidão voluntária. Assim por exemplo quando logo após o seu batismo no Jordão e antes de iniciar seu ministério publico passa 40 dias no deserto. E estes quarenta dias pode significar que, antes da missão, na vida toda (o numero 40 significa uma vida) ele se voltava para o “deserto” interior. Também vemos Jesus procurando a solidão da montanha antes de escolher os 12.
88. A ausência de narrativa sobre a infância de Jesus é uma forma de “deserto” de “silencio” que parece demonstrar ou nos fazer “ver” um tempo onde o Senhor – silenciosamente – passou observando, amando, vendo, as coisas comuns e triviais da vida, coisas que ele tanto citava em suas parábolas, como o semeador a semear, como a beleza do lírio no campo, como o agricultor que cuidadosamente planta a videira e depois poda para que de fruto, etc..
89. A sagrada escritura sempre apresentou o silencio como um momento fecundo, de descoberta, de intimidade com Deus. Outras vezes, como no livro de Jô aparece como sendo um gesto de admiração do nada diante do tudo, do frágil diante do forte, do estulto diante do sábio, daquele que nada é diante Daquele que É.
Diz Jô “ por uma vez falei, senão duas, mas agora calo-me, colocando a mâo sobre a boca”.
90. Também Zacarias foi emudecido por Deus. Mas não como “castigo” na forma como a vemos, mas como forma de manifestar a grandeza de Deus,marcando com sinais e admiração o AGIR de Deus. Também sua mulher, Isabel, sabendo que estava grávida do precursor, silenciou por cinco meses dizendo consigo mesma – “quanta coisa fez por mim o Senhor!”
91. Mesmo no Evangelho do Natal Lucas não dá a narrativa muitas cores vibrantes, pelo contrário, a simplicidade com que narra os eventos parece deixar tantas lacunas que são e devem ser preenchidos em silencio…Havia mesmo um profundo silencio (eu – Ferreira – posso sentir o silencio quando fico a olhar demoradamente para o presépio) já que o VERBO DE DEUS estava ali encarnado…Diante do VERBO CRIADOR que palavras serão ditas…
92. A tradição dos grandes orantes, principalmente dos monges sempre exaltaram a figura e a importância do silencio. Mas o que estamos aqui recordando não é bem aquele silencio que o HOMEM escolhe fazer, a mim parece que, o silencio do Natal nasce da grandiosidade do incompreensível MISTERIO QUE ESTAMOS COMTEMPLANDO DIANTE DO QUAL SOMENTE PODEMOS CALAR..
93. Este silencio de certa forma não é escolha nossa (do homem) mas é imposto por DEUS que nos deixa mudos diante da sua estupenda manifestação de amor e humildade. Parai, reconhecei que Sou Deus. (Salmo 46, vers. 11). O Senhor reina em seu santo templo, diante Dele cale-se toda a terra. (Hac. 2,20)
94. Mas falando-se em silencio, devemos mesmo recordar a atitude de Maria (e muito também de São José) que de forma espantosamente silenciosa cumpriram sua indispensável missão na economia da salvação. Alias, São Jose não fala uma palavra sequer em todo o evangelho embora tenha sido, o guardião protetor e provedor da virgem e do menino Deus.
95. A mim (Ferreira) o silencio é sempre necessário e extremamente frutuoso. Apenas consigo gerar quando estou sozinho, e o silencio (mesmo quando existe muitas pessoas a volta) é para mim a única forma de buscar inspiração ou equilíbrio.
96. Na liturgia da noite do Natal o padre da minha paróquia (Luis) inovou de forma muito significativa quando – convocando toda a assembléia – insistiu que, no meio da oração do símbolo apostólico (Creio) justamente na parte onde dizemos “que nasceu da virgem Maria” interrompesse-mos a oração, e convidou a todos a se ajoelharem em silencio e adoração por um momento, antes de continuarmos a proclamar o restante do “Creio”. Foi profundamente fecundo aquele momento. (ainda que nem por todos compreendido).
97. Penso que, o mundo de hoje tem medo do silencio. Estamos doentes pela necessidade constante de barulho. As pessoas de hoje tem medo do silencio. Durante a preparação do Natal – especialmente em razão do comercio que naturalmente envolve este momento – existem tantos outros “ruídos” e “sons” no mundo que, distraídos com estamos podemos deixar de ver e ouvir o grandiosos anuncio silencioso do Natal, O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NOS.
98. As vezes, mesmo na Igreja nos esquecemos de fazer silencio, coisa tão importante ate pelo fato de estarmos na presença do Deus do universo. Mesmo durante a liturgia (que muitos de nos gosta sempre que seja barulhenta) deixamos muitas vezes de pontuar os momentos de jubilo, de musicas, de anuncio – com o silencio – sem o que não se promove a reflexão e o destaque do que se cantou, se anunciou, ou se falou…
99. Por isso mesmo, achei tão importante esta pequena meditação lucana sobre o silencio, pois que, necessária em tempos como o de hoje. É preciso dar tempo ao coração para assimilar – interiorizar o que os olhos contemplam na manjedoura.
100. O silencio no Natal é mais do que um simples calar, trata-se na verdade de um MARAVILHAR-SE é um modo de ADORAÇAO! É necessário que, enquanto Igreja e enquanto pessoas – façamos a EXPERIENCIA deste momento, a experiência sobrenatural DO SAGRADO, experiência que, de entre outras coisas, brota no presépio, do Natal, da figura da sagrada família, dos pastores, dos animaizinhos, dos reis magos, da manjedoura.
101. Devemos certamente rever nosso posicionamento quando estamos na Igreja, quando celebramos a liturgia, enquanto equipes de músicas e mesmo de animadores, que as vezes temos a impressão de que “a missa só é boa” se for muito barulhenta. Aqui talvez fosse importante citar a tão conhecida frase do Eclesiástico- HA UM TEMPO PARA CADA COISA, TEMPO PARA FALAR, TEMPO PARA CALAR…tempo para pensar…
102. Termino com a citação do próprio Cantalamessa quando diz que: – “O Natal é vivido plenamente hoje por quem é capaz de fazer agora – (apesar da distancia e dos séculos que nos separam daquele momento sublime) – aquilo que faria se tivesse estado lá, com os pastores – vendo Jesus que havia acabado de nascer – AJOELHAR-SE E CALAR.
103. “PARAI E RECONHECI QUE SOU DEUS” (SALMO 46, VERS. 11).